segunda-feira, dezembro 17, 2007

SBL - AAC Taça de Portugal



Depois da desilusão que foi a Taça da Liga, na qual a Académica foi eliminada logo na primeira eliminatória em que participou, também agora na Taça de Portugal as nossas aspirações na prova vão ter que aguardar pela próxima época. A fé de 1939 nunca mais será repetida???

Deixo o texto retitado do site oficial da Mancha Negram pois retrata bem o que se passou no jogo.

Num dia sem outras transmissões televisivas e sabendo-se que os adeptos visitantes ainda teriam que cumprir cerca de 200 quilómetros após o jogo, é completamente absurdo agendar o início da partida para as 20h45 de um domingo. Se por acaso o jogo tivesse ido para prolongamento, a nossa chegada a Coimbra seria apenas pelas 02h30, com muita gente a ter que se levantar bem cedo no dia seguinte para ir trabalhar. Talvez também por essa razão, esta viagem não teve a aderência esperada e muitos preferiram ficar comodamente a assistir ao jogo em casa do que fazer um esforço em nome do grupo. Como sempre aconteceu, cada um tem a sua vida e ninguém é obrigado a ir mas, se todos pensarem que não vale a pena fazer o esforço, então ninguém vai e isto acaba. Felizmente está quase a chegar a viagem à Figueira, que é sempre uma grande oportunidade de todos dizerem presente e de mostrarmos a verdadeira força da Mancha Negra.

Á chegada à Luz, as já esperadas restrições relativamente ao material e às faixas e as inesperadas ordens para não deixar entrar cachecóis da Mancha Negra. Esta palhaçada, que não tem outro nome, acabou por ser amenizada com o recuo da organização do jogo, que num ápice voltou a autorizar os cachecóis e com o facto de
já irmos preparados com faixas só da Académica. O ridículo é tal que as forças policiais diziam não autorizar a entrada das faixas e cachecóis da Mancha Negra mas nunca souberam dizer em que lei se baseavam para isso, remetendo sempre a justificação dessas imposições para a segurança privada do estádio da Luz. Toda esta prepotência está a afastar os adeptos do futebol e um dia os grupos que alinharam com o sistema vão perceber que venderam a alma por muito pouco porque à medida que as bancadas vão ficando cada vez mais vazias também os interesses que alimentam esses grupos se vão tornando menos apetecíveis.

Mas a palhaçada não é só nos estádios pois basta imaginar o iluminado Laurentino Dias a alvorar-se em grande visionário do desporto, ao bom estilo do não menos iluminado Hermínio Loureiro, junto dos seus homólogos europeus por ocasião da presidência portuguesa da União Europeia. A intenção era passar a ideia de que neste Portugal moderno temos uma lei só para regulamentar os adeptos cheia de virtudes e que devia servir de exemplo para todos os estados-membros. Acontece que aquilo que temos para amostra, um futebol sem qualidade e umas assistências miseráveis, não interessa a ninguém e por isso esses senhores, produtos inacabados de juventudes partidárias, não têm qualquer qualificação ou moral para impor restrições à liberdade dos adeptos, que devia ser afinal igual à liberdade de todos os cidadãos.

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